Se você se preocupa com o carrapato apenas por causa do seu animalzinho, saiba que existe uma doença infecciosa grave que pode acometer o homem: a febre maculosa. O tratamento precoce é essencial para evitar formas mais graves da doença. Por outro lado, o diagnóstico antecipado é muito difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, quando as manifestações clínicas também podem sugerir leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite, malária e pneumonia. “A febre maculosa brasileira é adquirida pela picada do carrapato infectado com uma bactéria do gênero Rickettsia, caracterizando-se por febre elevada, dor de cabeça, e dor intensa no corpo e/ou prostração. Pode apresentar manchas vermelhas no corpo”, explica Gerlene Castelo Branco, médica veterinária do Nuvet da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).
Tamanduá, capivara, gambá e cavalos têm importante participação no ciclo de transmissão da febre maculosa. No Brasil, a sua ocorrência tem sido registrada em doze estados. No Ceará, já foram identificados cães domésticos com estes tipos de carrapatos, caracterizando-os como reservatórios oportunistas. “Aqui no estado, o primeiro caso de febre maculosa foi identificado no município de Aratuba, no maciço de Baturité, em 2010. Desde então já foram detectados seis casos da doença, todos no maciço de Baturité”, alerta Gerlene, responsável técnica do Programa de Doenças Emergentes e Febre Maculosa da Sesa.
Evitar a exposição em áreas com possibilidade de existir carrapatos, usar roupas claras e com mangas compridas, calças compridas fazem parte das medidas de prevenção.
Quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menor a chance de infecção. “Como medidas de prevenção e controle, preconizam-se a orientação à população, proprietários de animais, fazendeiros, carroceiros, trabalhadores rurais e clubes equestres”, explica Stefan Vilges de Oliveira, biológo, responsável pelo programa de febre maculosa do Ministério da Saúde.
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