Em Iguatu, a unidade de saúde, que foi concluída há dois anos, apresenta infiltrações e parte do teto caiu
Iguatu.
Infiltração no telhado, parte do forro de gesso quebrado em várias
salas, reboco deteriorado, rachaduras e móveis de madeira estragados por
ação de cupins. Esses são os principais problemas que afetam a
Policlínica de Iguatu, na região Centro-Sul. A unidade foi concluída há
um ano e seis meses, mas permanece fechada.
Promotores constatam queda do forro de gesso na Policlínica de Iguatu FOTO: HONÓRIO BARBOSA
No Ceará, além de Iguatu, outras quatro unidades estão concluídas, mas também permanecem fechadas.
São
elas: Acaraú, Campos Sales, Icó e Tianguá. Neste mês, segundo previsão
da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), devem ser inauguradas as
policlínicas de Acaraú e de Icó.
O projeto do governo do Estado
prevê a construção de 22 Policlínicas. Desse total, oito já funcionam
desde o ano passado em Baturité, Tauá, Camocim, Itapipoca, Sobral, Brejo
Santo, Pacajus e Aracati. Outras nove unidades estão em construção.
O
Ministério Público do Estado (MPE) apontou falhas na obra da
Policlínica de Iguatu. Os promotores de Justiça, Francisco das Chagas e
Aureliano Rebouças visitaram recentemente a unidade e constataram os
principais problemas: infiltração, desabamento de parte do gesso no
teto, rachaduras e cupins.
Reparos
O promotor de Justiça, Francisco das
Chagas, disse que enviou à secretaria de Saúde do Estado uma solicitação
para que cobrem da empresa responsável pela obra os devidos reparos.
"Vamos enviar à Secretaria da Saúde um pedido para que eles cobrem da
empresa responsável um reparo, para que a Policlínica não seja
inaugurada como está", diz Francisco das Chagas.
"Os problemas
ocorrem, aparentemente, em decorrência de um serviço, que não foi bem
executado", observou. "Cobramos também a data de inauguração da
unidade". Essa será a segunda vez que o MPE solicitada da Sesa
informações sobre a previsão de data de funcionamento da unidade. A
primeira solicitação foi enviada em novembro de 2012. "Eles informaram
que estariam providenciando a seleção dos profissionais de nível médio e
superior", contou. "Se percebemos que o Estado não tem a pretensão de
inaugurar a obra, podemos ajuizar uma ação civil pública cobrando o
funcionamento", salientou.
O promotor Francisco das Chagas disse
que a unidade fechada há mais de um ano traz sérios prejuízos para a
população da região Centro-Sul. "Aqui deveriam ser atendidas centenas de
pessoas por mês com exames de imagens e diagnóstico clínico, mas
permanece fechada", disse. "Sabemos que há uma demanda reprimida e longo
tempo de espera por exames especializados e a população pobre é a que
mais sofre".
O prefeito de Iguatu, Aderilo Alcântara, foi eleito o
presidente do consórcio que vai ser criado para gerir, juntamente com a
Secretaria de Saúde do Estado e os dez municípios que integram a 18ª
Coordenadoria Regional de Saúde (Ceres), o funcionamento da unidade.
"Já
cobramos do secretário de Saúde do Estado o funcionamento da
policlínica", disse Alcântara. "Aguardamos também a formação do
consórcio entre os municípios".
O gestor de Iguatu observou que
além da Policlínica é necessário definir ações ampliar no âmbito
regional o funcionamento do Centro Especializado do Odontologia (CEO).
Aderilo
Alcântara, observa que o atraso no funcionamento da Policlínica
prejudica milhares de moradores que já poderiam ter assistência médica
especializada com exames e tratamentos diversos.
A Assessoria de
Comunicação da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) informou que a
empresa Granito, responsável pela construção da Policlínica de Iguatu,
já está concluindo os reparos necessários. Disse também que a seleção
dos profissionais de saúde de nível médio e superior foi concluída, os
equipamentos já foram adquiridos e que a unidade deve ser inaugurada até
o fim de junho. A Policlínica de Iguatu, tipo II, vai oferecer consulta
ambulatorial especializada em oftalmologia, otorrino, clínica geral,
cardiologia, ginecologia, mastologia, cirurgia geral, gastroenterologia,
urologia, traumato-ortopedia.
Haverá apoio técnico de
enfermagem, farmácia clínica, terapia ocupacional, fisioterapia,
fonoaudiologia, nutrição, psicologia e assistência social.
Os
serviços de apoio diagnóstico e terapêutico serão radiologia,
mamografia, ultrassonografia, endoscopia digestiva, ecocardiografia,
ergometria, eletrocardiograma, audiometria e coleta de patologia
clínica.
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