Tornar real o projeto sonhado

O arquiteto é quem transforma em reais os desejos do cliente, seja em residências ou projetos comerciais

Arquiteto é o profissional que idealiza o projeto, supervisiona e executa obras de arquitetura. Embora esta seja sua principal atividade, também atua no urbanismo, paisagismo e design.

Paulo Nóbrega gosta mais de atuar na construção de casas de campo, especialmente nas cidades do Maciço de Baturité, onde também fez seu refúgio. A madeira e os telhados com várias águas são as principais características dos seus projetos

A consolidação do profissional arquiteto e urbanista no Brasil se deu durante o século XIX, quando a maior parte dos que escolhiam essa área possuía formação de engenheiro-arquiteto, na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro. Durante a década de 1930, a profissão passou por um primeiro momento de valorização com a criação do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura. Contudo, foi somente depois dos anos 1950, que consolidaram-se as escolas de arquitetura e urbanismo.

Sem dúvida, um dos mais importantes nomes da arquitetura foi Oscar Niemeyer, também aluno da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e que influenciou gerações. Niemeyer trabalhou até dias antes de sua morte, em 2012, aos 104 anos. Hoje, o campo de atuação conta com oportunidades no serviço público, em ONGs. Os profissionais liberais também enfrentam um mercado saturado nas grandes cidades.

O arquiteto Paulo Nóbrega é conhecido pelos seus projetos de casas na Serra de Guaramiranga

Cenário local

Em Fortaleza, a situação não é diferente e, para firmar-se nessa profissão, é preciso, sobretudo, escutar o cliente, na opinião do arquiteto Paulo Nóbrega, com mais de três décadas de atuação. "É importante saber interpretar os desejos do cliente", destaca.

Para Paulo Nóbrega, o desejo de ser arquiteto começou ainda na infância. "Tive a influência de meu pai, Cândido Nóbrega, que gostava muito de passear pela cidade, observando as edificações e chamando minha atenção para os detalhes de algumas casas que apreciava. Ele era médico e trazia caixinhas de amostras de remédios vazias para que eu brincasse de pequeno construtor. Era meu passatempo preferido", relata.

Danielle Valente, na profissão desde 1993, também identificou quando criança o desejo de ser arquiteta. "Desde criança adorava desenhar e pintar. Então, Arquitetura me pareceu um caminho natural para materializar o belo, criando espaços para melhorar a vida das pessoas. Também fui influenciada por meu pai, que adorava reformas e comprava revistas de arquitetura, eu amava!", lembra.

O aquecimento do mercado imobiliário tem ampliado bastante as oportunidades para os arquitetos e gerado desafios. "Hoje existe muita mídia sobre a profissão e isso desperta desejos de projetos cada vez mais de acordo com padrões internacionais, muitas vezes tão distantes de nós. É necessário estarmos antenados com as tendências, mas não podemos abrir mão da nossa identidade, precisamos criar espaços cheios de referências locais e pessoais senão estaríamos apenas repetindo conceitos", alerta Danielle.

Danielle Valente Lopes, arquiteta desde 1993, acompanha não só a arquitetura, mas a escolha do mobiliário e adornos. Prefere o estilo contemporâneo, linhas retas, cores sóbrias, materiais nobres e peças de arte e design. A intenção é priorizar conforto, espaço e usar pouca cor, apenas nos detalhes para deixar o projeto atemporal

Sobre o mercado de Fortaleza, Paulo assume não ter tanto conhecimento, já que prefere atuar na construção de casas de campo na serra, onde também construiu a sua residência. "Projetei e construí minha casa em Guaramiranga. Os demais projetos foram surgindo sempre seguindo as mesmas características, dentre elas o uso de madeira e telhado com várias águas". 

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