'Prévia' do PIB cai 0,52% em fevereiro, aponta Banco Central


O Brasil registrou em fevereiro queda de 0,52% na atividade econômica, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monetária. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (12).

Comparado com o mesmo mês do ano passado, o IBC-BR de fevereiro de 2013 tem crescimento de 0,44%, sem se considerar o ajuste sazonal. IBC-BrAntes divulgado por estados e por regiões, o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e setor de serviços, além de impostos. IBC-BrAntes divulgado por estados e por regiões, o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e setor de serviços, além de impostos. O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira.

 Com crescimento menor, por exemplo, teoricamente haveria menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 7,25% ao ano (a menor taxa da história). Nos últimos 12 meses até fevereiro de 2013, a economia brasileira apresenta crescimento positivo de 0,87%, segundo o BC. O índice havia apontado aumento de 1,29% na atividade econômica em janeiro, indicando que o Brasil começava 2013 com a economia em alta na comparação com dezembro. Em todo o ano passado, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a economia brasileira registrou crescimento de 0,9%. O resultado – que ficou muito longe dos 4% esperados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no final de 2011 - foi o pior desde 2009, quando o Produto Interno Bruto (PIB) havia registrado recuo de 0,3%.O fraco desempenho da economia aconteceu apesar de várias medidas anunciadas pelo governo no decorrer de 2012, como a redução do IPI para linha branca e automóveis, além do corte dos juros básicos da economia para 7,25% ao ano (mínima histórica), do aumento do dólar e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios. O governo também reduziu, no ano passado, o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos, liberou mais crédito para os estados, anunciou um programa de compras governamentais de R$ 8,4 bilhões, e também tomou medidas de defesa da concorrência. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estimava uma expansão da economia acima de 4% para este ano no fim de 2012, revisou seus números após a divulgação do PIB do ano passado, e, neste momento, projeta uma expansão entre 3% e 4% em 2013. "A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção mais importações)", explicou o Banco Central. Definição dos juros Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
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