Jovens da Escola de Ensino Fundamental e Médio Heráclito de Castro e Silva, de Fortaleza, conheceram os colegas do Liceu de Baturité. A meta é ampliar o encontro para outras cidades do interior cearense
Eles criaram um projeto de integração escolar, uma espécie de intercâmbio entre as comunidades estudantis, e estão utilizando como suporte a mais famosa delas na atualidade, o Facebook. Agora estão levando a proposta para as cidades do Interior do Ceará. A primeira delas foi Baturité.
Conforme a estudante Amanda Pereira, uma das líderes do grupo, o objetivo é trocar experiências do cotidiano, levar situações práticas de desenvolvimento para outras cidades, principalmente do Interior do Ceará.
Para fortalecer esse intercâmbio, através da internet, resolveram utilizar o site e serviço de rede social lançado em fevereiro de 2004, o Facebook. Dessa forma será possível continuarem discutindo a prevenção ao uso de drogas, o incentivo ao esporte e o turismo, apontadas como propostas de intercambio de maior interesse dos estudantes.
A iniciativa dos alunos despertou a atenção do professor de Biologia, Diogo Melo. A relação surgiu com a aplicação do currículo interdisciplinar, nas aulas. Além de células, do corpo humano, do estudo dos seres vivos, a disciplina contextualiza tudo, inclusive as relações sociais.
Diante de tantas polêmicas no Facebook, a última delas envolvendo imagens íntimas do cantor Justin Bieber, os alunos da tradicional escola do bairro João XXIII, com mais de 40 anos de atividades, encontraram realmente uma boa aplicação para esse equipamento tecnológico, destacou o professor.
Com o incentivo do professor, os alunos levaram a proposta à direção da Escola e, nesta semana, já visitaram a primeira cidade do Interior, Baturité. O primeiro local da visita foi a Prefeitura. A turma do 2º Ano foi recebida pelo chefe de gabinete Francisco Elias Júnior.
Na ocasião ele mostrou aos jovens de Fortaleza os projetos já existentes para o Município, e a importância da parceria dos alunos do município serrano com jovens de outras cidades. Embora distantes, vivem a mesma realidade. Essa distância pode ser estreitada através da internet, reconheceu.
Logo depois, Amanda Pereira, Wesley Vasconcelos, Levy Sousa, Jonatas Targino, Julia Mendes, Lisandra Mara, Lucas Lobo, Pamela Rodrigues, Vitoria Aguiar e Vitoria Cavalcante seguiriam para o Liceu de Baturité. Os representantes da Escola Heráclito de Castro e Silva tinham a missão de explicar aos colegas sobre a metodologia do projeto. Acabaram apresentando uma palestra e em seguida debateram temas relevantes para as duas cidades. O resto da relação surgiu naturalmente. Agora estão se correspondendo através do Facebook.
Interesse
Com experiência de 13 anos em educação infanto-juvenil, o professor Renê Barbosa ficou interessado na proposta dos alunos de Fortaleza. Atualmente ele é o diretor do Colégio Valdemar Alcântara, em Quixadá. Mas também já dirigiu o Liceu desta cidade do Sertão Central, na realidade a Escola de Educação Profissional Maria Cavalcante Costa. Além das escolas públicas, ele sugere a expansão do projeto para as escolas particulares também. Afinal, além de enfrentarem os mesmos problemas, precisam utilizar a tecnologia da informação de maneira mais proveitosa. Na opinião do educador iniciativas como a dos alunos da Escola Heráclito de Castro e Silva poderão despertar os jovens para discussões saudáveis e responsáveis. A criação de grupos de fóruns também pode ser estimulada a partir dessa ideia.
A sua escola já realizou uma proposta parecida, através de cartas manuais. Ele espera a visita dos alunos de Fortaleza ao município de Quixadá para trocarem essas experiências.
A respeito da expansão do projeto, Amanda Pereira explicou ainda haver a necessidade de retornar ao Liceu de Baturité, para reforçar os estimulo aos colegas dessa cidade a se interessarem pelo intercâmbio. Deverão voltar na próxima semana.
Depois, outras cidades deverão ser visitadas. As interessadas deverão entrar em contato com a sua Escola.
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